21 de Fevereiro – Dia Internacional da Língua Materna
A língua matera estrutura-nos, é a nossa raiz, individual e grupal. Aprendemo-la na infância, e é com e pela língua materna que comunicamos, pensamos, sentimos, criamos; é sinónimo de identidade cultural. A língua portuguesa tem cerca de 250 milhões de falantes (idioma oficial), sendo atualmente a quarta língua europeia mais falada no mundo, segundo dados apresentados na exposição “Potencial Económico da Língua Portuguesa”.
Este universo de falantes representa mais de 7% da superfície continental da Terra. São oito os países de língua oficial portuguesa, Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, todos eles países “plantados à beira-mar” e que representam 4% da riqueza mundial.
Tudo indica que em 2050, mais 100 milhões de pessoas se vão juntar ao número de falantes de português. 350 milhões vão manter a língua portuguesa no topo de idiomas mundiais, a terceira mais falada na Europa, depois do inglês e do espanhol.
O português é ainda uma das línguas que regista uma das taxas de crescimento mais elevadas nas redes sociais e na aprendizagem como língua estrangeira.
O Dia Internacional da Língua Materna é uma efeméride proclamada pela UNESCO em 1999 e reconhecida formalmente pela Assembleia Geral das Nações Unidas; o episódio que lhe deu origem remonta a 1948. Nesse ano, o Governo do Paquistão declarou o urdu como única língua oficial para todo o território; no Paquistão de Leste (atual Bangladesh), cuja maioria de falantes tinha como língua materna o bengali, houve protestos. Em 21 de Fevereiro de 1952, em Dhaka, durante uma manifestação em defesa do reconhecimento do bengali, alguns estudantes universitários e ativistas políticos enfrentaram forças policiais, acabando por ser mortos.
Ao comemorar o Dia Internacional da Língua Materna pretende-se proteger todas as línguas faladas no Mundo, honrando tradições culturais e respeitando a diversidade linguística.